MENU

Arquivo

Image

A CIDADE DAS BICICLETAS com o Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas

“Diz-me a importância que atribuis à bicicleta e dir-te-ei que cidade és!” Assim responderam os convidados desta visita quando a Talkie-Walkie propôs uma visita em bicicleta ao Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas (L3P), representado por Catarina Isidoro, Frederico Sá e José Carlos Mota. Este Olhar por Dentro foi duplamente especial, pois aconteceu em cima da bicicleta e funcionou como um laboratório experimental: foi um colóquio itinerante em que os participantes conversaram a pedalar. Colocaram-se questões, experimentaram-se circuitos, expuseram-se reflexões e é a partir disso que os nossos convidados escreveram este artigo.



Image

O Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas L3P foi criado em 2016 pelos docentes do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro. Este Laboratório é um espaço de desenvolvimento de projectos de investigação de curta e média-duração relacionado com os temas do ordenamento do território e urbanismo a funcionar em resposta aos desafios colocados por instituições públicas, empresas e organizações do terceiro sector, sobretudo da região de Aveiro.

 

Catarina Isidoro é Mestre em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade de Aveiro e licenciada em Geografia pela Universidade do Porto. Colaborou em projetos nacionais e internacionais, focados na mobilidade sustentável e na promoção a participação da pública no planeamento, incluindo: U-bike Universidade de Aveiro e o CPIP – Participação da Comunidade no Planeamento.


Frederico Moura e Sá é Urbanista, Doutor em Arquitectura (FAUP), Mestre em Planeamento do Território (UA) e Licenciado em Engenharia Civil, Opção de Planeamento do Território (FEUP). É Professor Auxiliar Convidado na UA e está envolvido em diversos projetos nas áreas do planeamento urbano e da mobilidade, da reabilitação urbana e da qualificação de espaços públicos. É sócio-gerente da empresa UESTdesde 2017.


José Carlos Mota é Professor Auxiliar no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e Territoriais da Universidade de Aveiro. É o diretor do Mestrado em Planeamento Urbano e Regional, é membro da Plataforma Tecnológica de Mobilidade de Bicicleta e Mobilidade, e coordenador do projeto U-bike da Universidade de Aveiro. Está envolvido em projetos de planeamento colaborativo e promoção da mobilidade sustentável.

Image

Descarregar mapa do percurso

A reflexão sobre o papel da bicicleta é, hoje, uma oportunidade para analisar as cidades que temos e para pensar as que gostaríamos de ter. Este exercício deve ir para além da discussão sobre o traçado das infraestruturas (as ciclovias) e seria bom que permitisse falar de mobilidade urbana, da vida do espaço público, da localização das funções centrais e de proximidade, das redes de sociabilidade e da relação entre centro e os territórios periféricos.


Foi o que tentámos fazer naquela manhã. O resultado foi muito estimulante e surgiram pistas interessantes para pensar o futuro de Ílhavo. Um futuro promissor a partir deste “Olhar por dentro”.

Image

© José Carlos Mota

Nesta visita entendemos conceber em “laboratório” o que poderia ser uma rede ciclável preliminar para Ílhavo que nos permitisse, em conjunto com os participantes deste “Olhar por dentro”: avaliar a rede proposta; analisar tipologias a adotar; identificar desafios e possíveis resoluções para pontos críticos.

Antes de arrancarmos, contextualizaram-se alguns fatores que promovem a bicicleta enquanto modo de transporte do quotidiano e que são determinantes para o desenho de circuitos cicláveis.


Ora, a bicicleta é considerada o transporte mais rápido, competitivo e flexível para deslocações até 5km, sendo que as suas vantagens incluem a sustentabilidade ambiental (sem emissões de poluentes ou ruído), as melhorias na saúde quer pela atividade física quer pela redução da poluição e, ainda, os impactos no território ao reequilibrar a relação entre os espaços e diminuir a necessidade de áreas para a circulação e estacionamento motorizado.


O planeamento de uma rede ciclável deve garantir as condições necessárias para a circulação dos ciclistas, proporcionando uma experiência de mobilidade segura, direta e agradável, e permitindo que todas as pessoas, independentemente da idade ou experiência na utilização da bicicleta, cheguem aos seus destinos. Para promover a bicicleta como um meio de transporte quotidiano, o foco deve ser a criação de uma rede utilitária que conecte os destinos, o mais diretamente possível, para viagens com propósitos funcionais, como compras, trabalho, educação, atividades pós-laborais.



O desenho da rede assentou nos seguintes princípios de planeamento:

•   Conectividade: pretendeu-se contrariar linearidade do sistema e gerar percursos alternativos;

•   Legibilidade: procurou-se simplificar leitura do espaço urbano o que resultou na afirmação de percursos urbanos estruturantes;

•   Coerência / lógica: estabeleceu-se a ligação dos principais pontos focais (residência, emprego e grandes geradores de viagens);

•   Continuidade: para assegurar unidade e a consistência da oferta;

•   Complementaridade: sobretudo com outras redes de transporte de nível superior (mais pesadas!);

•   Agradabilidade / atratividade: para aproveitar o maior benefício da utilização da bicicleta: é divertido!;

•   Custo: como fator determinante para a solução a adotar em contextos em que a rede é inexistente ou deficitária (abordagem responsável e faseada).

 

A rede proposta assentou também nos seguintes requisitos considerados essenciais para os utilizadores e potenciais utilizadores da bicicleta:

•  Agradabilidade / prazer (“FUN”): Ligar pontos de interesse com valor patrimonial e/ou paisagístico (elementos naturais ou construídos);

•  Rapidez / diretos (“fast”): Satisfazer linhas de desejo (mapear percursos e relação entre Grandes Geradores de Viagens, centralidades de residência e emprego);

•  Segurança (“safe”): Adequar tipologia de infraestrutura ao programa da via e resolver pontos críticos (sobretudo cruzamentos);

•  Conforto (“comfortable”): Considerar ajuste da topografia e da pavimentação das vias.

Image

© José Carlos Mota

A rede proposta assentou também nos seguintes requisitos considerados essenciais para os utilizadores e potenciais utilizadores da bicicleta:


•  Agradabilidade / prazer (“FUN”): Ligar pontos de interesse com valor patrimonial e/ou paisagístico (elementos naturais ou construídos);


•  Rapidez / diretos (“fast”): Satisfazer linhas de desejo (mapear percursos e relação entre Grandes Geradores de Viagens, centralidades de residência e emprego);


•  Segurança (“safe”): Adequar tipologia de infraestrutura ao programa da via e resolver pontos críticos (sobretudo cruzamentos);


•  Conforto (“comfortable”): Considerar ajuste da topografia e da pavimentação das vias.

Image

© José Carlos Mota

Nos pontos de paragem ao longo do percurso, foram discutidas com os participantes diferentes questões sobre a integração da bicicleta em meio urbano, nomeadamente:


•  Os problemas recorrentes de subdimensionamento, dos cruzamentos e de descontinuidade das redes cicláveis; a inexistência de estacionamento adequado;


•  O padrão disperso da ocupação do território, e ainda a necessidade de envolvimento dos utilizadores da bicicleta na definição dos planos cicláveis;


•  A hierarquia da tomada de decisão para definição da tipologia de infraestrutura e medidas a adotar;


•  A possibilidade da bicicleta ser o cavalo de Tróia rumo à qualificação/humanização dos espaços públicos;


•  A escala regional das redes cicláveis e o potencial da bicicleta para valorização da paisagem e património.

Image

© José Carlos Mota

Antes de partirmos, foram lançadas algumas reflexões sobre como o planeamento do território e da mobilidade, as infraestruturas e a qualificação do espaço público urbano ganham especial importância no caso de Ílhavo. Que estratégias poderão ser apontadas? Que impactos poderão ser estudados antecipadamente? O que já foi feito com os planos e financiamentos anteriores? Tentámos encontrar respostas e, claro, lançaram-se mais perguntas. Mas só através desta experiência do percurso os participantes conseguiram avaliar a rede, constituindo-se, assim, naquela manhã, um laboratório participado.

Veja os resultados do inquérito aqui.

Image

© José Carlos Mota

Andámos por ruas de sentido único, mas em sentido contrário, subimos e descemos passeios, atravessámos passadeiras e fizémos rotundas, acenaram-nos, apitaram-nos e foram-se juntando outros ciclistas. Foi confortável com momentos de desconforto, o perigo atenuou-se porque éramos um grupo grande, mas não deixámos de sentir a velocidade com que os motorizados passavam por nós.

Mas a co-criação é isto. Passa por nos colocarmos na posição certa para podermos tirar todas as conclusões, com conhecimento de causa, e fazermos parte de uma discussão aberta que encara a mudança como possibilidade para um futuro urbano mais próximo das pessoas.

Image

e porque o conhecimento ocupa (bom) lugar...



É na sub-região Baixo Vouga que mais pessoas andam regularmente de bicicleta – um valor oito vezes superior à média nacional – 3,9% contra 0,5%; 28% do total nacional - 8.640 pessoas (INE, 2011).

Ílhavo, a seguir à Murtosa (16,93 % ) é o concelho com maior número de utilizadores da bicicleta, com uma quota de modal de 9,66%. Esta taxa de utilização da bicicleta como meio de transporte pode ser em parte explicada pela tradição da bicicleta na Gafanha da Nazaré, onde mais de 20% dos seus habitantes vão de bicicleta para a escola ou para o trabalho diariamente. De acordo com os Censos de 2011, é a freguesia do país com maior número de utilizadores diários de bicicleta.

Arquivo relacionado

Ver arquivo completo →

ARQUITETURA
AS CASAS DA EN109 com o Álvaro Domingues

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
AS PRIMEIRAS MILHAS DE 23 com a Talkie-Walkie

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
ARTE NOVA E ARTE DÉCO com o historiador Filipe Serra Carlos

Filipe Serra Carlos é, para além de historiador de arte, um enorme curioso por tudo o que o rodeia em qualquer viagem que faça. Foi ao participar numa das nossas visitas Olhar Por Dentro que surgiu o convite da Talkie-Walkie para o ter como especialista numa visita sobre a Arte Nova.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
O MODERNISMO DE ÍLHAVO com o arquiteto João Paulo Rapagão

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO NAVAL com o António Vítor N. de Carvalho

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
OS EDIFÍCIOS DE ARX PORTUGAL com a arquiteta Joanna Helm e o arquiteto Nuno Mateus

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
A BARCA DA PASSAGEM com a designer Etelvina Almeida

Como já dizia o barqueiro Manuel da Graça, conhecido como Ti Ameixa, “O trabalho das travessias é coisa a sério” e, nesta visita, Etelvina levou-nos a perceber porquê. A barca da “passage”, o Cais da Bruxa, o Bairro dos Pescadores e Cais da Malhada, ou a paragem obrigatória na Ponte da Vista Alegre, passagem para os operários da Vista Alegre, faziam parte dos quotidianos e travessias de outros tempos e ajudam-nos a perceber hoje a morfologia deste território.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
AS OBRAS DE FRARI - ARCHITECTURE NETWORK com a arquiteta MARIA FRADINHO

Maria João Fradinho, arquitecta ilhavense, depois de viver fora e noutros lugares de Portugal, regressou a Ílhavo em 2011 para criar o seu próprio estúdio de arquitectura Frari - Architecture Network. A Talkie-Walkie convidou-a para especialista desta visita Olhar por Dentro pela vontade de mapear formas de trabalhar no próprio território à luz de aprendizagens em contextos diferentes.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
A CIDADE PARA BICICLETAS com o Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas

“Diz-me a importância que atribuis à bicicleta e dir-te-ei que cidade és!” Assim responderam os convidados desta visita quando a Talkie-Walkie propôs uma visita em bicicleta ao Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas (L3P), representado por Catarina Isidoro, Frederico Sá e José Carlos Mota.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
OS PALHEIROS DA COSTA NOVA com a Arquiteta Nide Santos

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
O ARQUIVO DE OCTÁVIO LIXA FILGUEIRAS com a Professora Teresa Soeiro

A conjugação entre a técnica do desenho e observação enquanto arquitecto e o seu gosto pelos temas marítimos da cultura portuguesa, faziam de Octávio Lixa Filgueiras um investigador das embarcações tradicionais, assim o define a professora Teresa Soeiro.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
A Salicórnia da Horta da Ria com Júlio Coelho

A Salicórnia havia chegado aos sentidos da Talkie-Walkie há já muito tempo. Sabendo-a uma espécie autóctone das marinhas de sal, esta visita levou-nos até à Horta da Ria, na Ilha dos Puxadoiros, seguindo as orientações de Júlio Coelho, professor de educação física muito curioso sobre a biodiversidade da Ria de Aveiro e que se dedica à investigação e produção de Salicórnia desde 2013.

MAIS INFORMAÇÕES

ARQUITETURA
PAISAGEM HÍBRIDA com o arquiteto João Paulo Cardielos

O arquiteto João Paulo Cardielos levou-nos, de bicicleta, à descoberta da expansão da cidade com base em três das suas etapas‑chave. Trilhou-se um percurso‑narrativa sobre vivências, traçados históricos e modos de fazer, sobre indústria e atividades económicas mas, acima de tudo, sobre as inúmeras camadas do território que são consequência das opções diacrónicas do seu desenvolvimento.

MAIS INFORMAÇÕES

Casa Cultura
COMUNICADO
23
Abr
10:00
Reagendamentos
Informações

DESCRIÇAO - Robertos e MarionetasUr, ipidit essit lant asseque nes ex et od que quiscipicae none dolorio tet disto occus doles dolestibus dita eosanda et pre sant…

Casa Cultura
EXPOSIÇÃO
5
Mai
18:00
Braços
Exposição com curadoria AGIL

A reabertura da galeria de exposições da Casa da Cultura de Ílhavo fica marcada pelo acolhimento da “Braços”, um desafio do 23 Milhas à associação AGIL para a curadoria de uma exposição sobre trabalho em comunidade, espaço público, criação em rede e o exercício democrático associado à participação cívica.

Casa Cultura
MÚSICA
2
Jul
21:00
himalion
apresenta BLOOMING

himalion, a mais recente entidade artística de Diogo Sarabando dedicada às explorações pelo indie-folk, apresenta, em formato de sexteto, um conjunto de canções do novo LP intitulado BLOOMING (2021) e o EP de estreia EGRESS (2020).

Casa Cultura
MÚSICA
26
Jun
21:00
Bruno Pernadas
apresenta Private Reasons

“Private Reasons” assinala o regresso de Bruno Pernadas às edições depois de “How Can We Be Joyful in a World Full of Knowledge” (2014) e “Those Who Throw Objects at The Crocodiles Will Be Asked to Retrieve Them” (2016).


Casa Cultura
MÚSICA
11
Jun
21:00
Salvador Sobral
apresenta "bpm"

Salvador Sobral apresenta “bpm”, o seu mais recente álbum de estúdio, a primeira vez que Salvador Sobral se aventura na edição de um disco composto inteiramente por originais de sua autoria, em parceria com Leo Aldrey

Casa Cultura
DANÇA
5
Jun
21:00
Bate Fado
por Jonas & Lander

A nova criação de Jonas & Lander, BATE FADO, é um espetáculo híbrido entre a dança e o concerto de música, projetado para nove performers: quatro bailarinos, quatro músicos e um fadista (bailarino).

Casa Cultura
MÚSICA
28
Mai
21:00
Lan Trio
Campus Jazz – Festival de Jazz da Universidade de Aveiro

Os Lan Trio são Mário Laginha (pianista), Julian Arguelles (saxofonista) e Helge Norbakken (percussionista) que apresentam, ao vivo, o Álbum Atlântico, o segundo disco do super-trio europeu de jazz.

Fábrica Ideias
TEATRO
15
Mai
21:00
A Margem do Tempo
com Eunice Muñoz

Aos 92 anos, Eunice Muñoz sente-se preparada para abandonar os palcos. Mais que uma despedida, o espetáculo A Margem do Tempo tenciona ser um passar de testemunho à sua neta Lídia Muñoz e às gerações vindouras.

Laboratório Artes
MÚSICA
8
Mai
21:00
Douglas Dare
apresenta Milkteeth

Douglas Dare regressou aos discos em 2020 com o álbum “Milkteeth”, editado pela Erased Tapes. Neste registo, que é, entre muitas coisas, a materialização do conforto de Douglas Dare quanto à sua identidade.

Ílhavo
PROJETO
8
Abr
10:00
PLANTEIA
Ílhavo

A ideia é a de um jardim que explode no betão, mas a verdade é que será também um palco, uma plateia, um lugar de encontro e um espaço de jogo.

SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER

Bol - Bilheteira Online
Tel.

234 397 260


Para assuntos relacionados com bilheteira contactar os números 234 397 263

©2019 23 Milhas
Image